Qual a diferença entre comandante e copiloto? A Flight explica! – Flight
 

Qual a diferença entre comandante e copiloto? A Flight explica!

Os dois ficam na cabine de comando do avião, mas possuem funções específicas e complementares - você sabia?

Os dois ficam na cabine de comando do avião, mas possuem funções específicas e complementares - você sabia?

Qual a diferença entre comandante e copiloto? A Flight explica!

Para manter uma aeronave no ar da maneira correta e seguindo as leis básicas da aviação brasileira, é preciso ter um piloto e um copiloto na cabine de comando, já que, caso aconteça algo com um deles, o outro estará disponível para prestar a assistência necessária. Mas existem algumas atribuições diferentes entre eles.

Nomeá-los desta forma não é errado, contudo, não é a maneira mais adequada para se referir ao comandante e ao primeiro oficial — é importante lembrar que a denominação copiloto ou primeiro oficial pode variar de empresa para empresa. E por que existem classificações diferentes se ambos podem pilotar a aeronave? É o que a Flight explicará agora!

Possível origem para os termos

O nome “copiloto” pode ter sido herdado dos copilotos de corridas terrestres, como em ralis, por exemplo. Neste caso, sua função é dar auxílio ao piloto a partir de instruções referentes à corrida.

Já na aviação, o copiloto possui funções diferentes do citado acima, pois mesmo não estando no comando total das responsabilidades da aeronave, ele pode pilotá-la tanto quanto um comandante.

Enquanto isso, o termo “primeiro oficial” é, na verdade, uma tradução do mundo militar e tem como origem o “first officer”, o qual representa o primeiro na escala hierárquica após o comandante.

Afinal, o que diferencia o primeiro oficial do comandante?

A principal diferença entre os dois se dá pelas responsabilidades que um acumula em relação ao outro. Sendo assim, o comandante acaba se destacando por conta da quantidade de horas voadas durante a carreira, por exemplo, e da habilitação específica para tornar-se um.

Uma das principais responsabilidades regidas ao comandante é zelar pela segurança total do voo e da equipe a qual ele irá comandar enquanto estiver dentro da aeronave em questão.

Além disso, ainda é de cunho exclusivo do comandante o registro de possíveis óbitos e nascimentos dentro da aeronave, tal como guarda de valores e um possível adiamento da partida do avião.

Quem possui autorização para pilotar?

Como dito no começo do texto, tanto o piloto como o copiloto possuem autorização e podem pilotar. Portanto, no que diz respeito ao controle da pilotagem, ambos são capazes de executar as mesmas funções técnicas enquanto a aeronave estiver no ar.

Durante o voo, existem duas funções que podem ser alternadas entre os dois, as de piloto voando (do inglês “pilot flying”) e piloto monitorando (“pilot monitoring”).

Enquanto um controla diretamente a aeronave, o outro monitora as fases do voo.

Enquanto um controla diretamente a aeronave, o outro monitora as fases do voo.

 

Como essas funções são executadas?

Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), piloto voando é quem “está efetivamente exercendo o controle direto da aeronave, seja manualmente ou através do uso da automação. Não é necessariamente o comandante da aeronave”. Ou seja, piloto voando é quem está de fato controlando e navegando o avião.

Já o piloto monitorando é quem “está ativamente monitorando as fases do voo, incluindo as ações ou inações do ‘piloto voando’, auxiliando-o no que for necessário”. Em outras palavras, o piloto monitorando trabalha amparando as ações do piloto voando, seja conferindo os procedimentos e execuções técnicas ou fornecendo ajuda quando e se necessário.

Durante a troca dessas funções, uma frase de atenção precisa ser dita em voz alta por um deles, bem como a respectiva aceitação do outro, a qual deve ser feita da mesma forma. Assim, há a garantia de que todos ouviram a frase e não haverá falha tanto na comunicação como durante as trocas.

Se houver a necessidade de descanso por um deles, o mesmo, na função de piloto voando, pode solicitar que o outro se torne o piloto voando e ele, o piloto monitorando. Ambas as funções são importantes, mas o piloto voando requer ainda mais atenção com a aeronave — lembrando que todo esse procedimento deve ser feito com um diálogo claro e conciso.

Na realidade, todas as ações executadas na cabine de comando costumam ser verbalizadas em uma constante troca de informações entre comandante e copiloto. Se o piloto voando requerer que o trem de pouso seja recolhido, por exemplo, poderá ser dito “trem em cima”. O piloto monitorando, por sua vez, aciona o mecanismo de recolhimento de trem de pouso e confirma a ação com a frase “trem de pouso recolhido”.

 

Sem um piloto e copiloto que entendam sobre as partes técnicas do voo, uma aeronave não pode sair do chão. Aprenda sobre isso e muito mais nos outros posts do Blog da Flight Consultoria.